Pesca de Sargos, Bailas e Robalos
Dec 13, 2022
Olá companheiro
Hoje venho aqui para partilhar mais uma pescaria contigo.
Desta vez uma pescaria incrível de Sargos, Bailas e Robalos.
Já não ia à pesca há bastante tempo, obviamente que a ressaca já tomava conta de mim,
eu só queria passar umas horas sossegado à beira mar.
Como sempre, saí de casa por volta das 9h e fui direto a Sintra em busca de algum lugar
onde fosse possível ficar sozinho por umas horas à pesca.
Chego a Sintra por volta das 10h e como já é habito vou ao alto das falésias ver como
está o mar, primeira surpresa, lá em baixo estava tanto nevoeiro que simplesmente não conseguia ver nada!
Eu bem que gostaria de pescar uns peixinhos para a sopa, contudo o desafio mostrava-se cada vez maior, além de não conseguir ver o mar, nesse dia estava prevista uma maré com uma amplitude muito grande.
Quando as marés são muito grandes, é de extrema importância analisar muito bem o pesqueiro antes de descer, pois a distancia que a água avança e recua no terreno é enorme, no caso deste local que é muito raso, chega a várias dezenas de metros.
Precisava de traçar um plano, onde iria pescar?!
Com marés desta amplitude, tão depressa não tens água no pesqueiro, como uma hora
depois a água é de mais e tens de mudar.
Contudo eu nem conseguia ver o mar nem o terreno devido ao nevoeiro.
Fiquei uns bons minutos simplesmente a escutar o mar, que ainda estava bem distante.
Com a experiencia é possível ter uma noção de como está o mar só de o ouvir e como conheço bem o local, imaginei como poderia estar e mais importante, como poderia vir
a ficar com o decorrer da maré.
Decidi arriscar, com muito cuidado e muito devagarinho fui fazendo a descida da falésia.
Ao chegar mais ao menos a meio, já conseguia perceber que o mar estava mais ao
menos como tinha previsto.
Vou descendo e ao mesmo tempo já vou começando a elaborar um plano de como iria
abordar o pesqueiro, de maneira a aproveitar ao máximo o avançar da maré.
Quando chego lá a baixo ainda faltava bastante para a praia mar, fui ver os fundos onde poderia pescar quando a maré estivesse cheia.
Escolhi o lugar onde iria pescar nas ultimas horas da maré, no entanto como ainda faltava umas horas, foi procurar uma outra pedra para pescar entretanto.
A primeira coisa que fiz, foi montar a cana da Chumbadinha a minha Barros Versátil Pro
de 5mt e com ela comecei a fazer alguns lançamentos mais logos (para onde já havia
alguma agua) para ir "apalpando" o terreno.
Não senti nada.
Pouco depois já a agua estava a chegar á rocha onde eu estava, fiz um balde de engodo
e muito devagarinho comecei a salpicar um pouco na esperança de pescar umas Bailas.
E assim foi, mesmo com pouco mais de dois palmos de água, já deu para me ir entretendo
a pescar umas Bailas.
A maré foi subindo, os peixes foram saindo e não demorou muito até que o mar já batia
na pedra com muita força, estava a mandar-me embora, e eu fui.
Nunca se contraria o mar!
Ainda era cedo para pescar na pedra que tinha escolhido para fazer as últimas horas da maré, no entanto fui levando o material para lá, arrumei a cana de 5mt e comecei a fazer uma montagem diferente na outra cana, a Barros Versátil Pro de seis metros.
Pois assim o pesqueiro o pedia.
Ao contrário do primeiro pesqueiro, neste estava muito limitado, só tinha espaço para ter os pés bem assentes, não tinha espaço para ter o material ao pé de mim, pois todo
o pesqueiro é inclinado para o mar.
Pendurei a alcofa do peixe numa pequena pedra por de trás de mim e comecei a pescar, sempre com muito cuidado, não se pode facilitar.
Mais uma vez, o plano correu como previsto, logo no primeiro lançamento ferro um Sargo exatamente no local que tinha idealizado, é sempre um prazer enorme, quando um plano
dá certo ; )
Foi muito bom, ainda lá fiquei a pescar por uma hora e pouco.
Deu para pescar mais alguns Sargos e Robalos.
Ainda bem que não eram muito grandes, pois sozinho naquele pesqueiro, seria muito difícil
de os tirar.
A maré começa a descer e decido dar a pescaria por terminada.
Esta foi sem dúvida uma das pescarias que mais prazer me deu.
Desde o exercício mental necessário para abordar bem o pesqueiro, às montagens e técnicas que também elas tinham de acompanhar as alterações da cota de água, o facto de ter pescado várias espécies de peixes diferentes, e o melhor para mim que foi o ambiente tranquilo e nublado à beira mar que dava um ar de misticismo muito especial, adorei!!
Espero que também tu tenhas gostado.
Abraço MM
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