Pesca de Sargos á boia, grande aventura!

Boas companheiro.

É com muito entusiasmo que venho relatar esta pescaria!

Foi uma daquelas pescarias para recordar.
Desta vez fomos ao farol do cabo da Roca espreitar para ver como estava o mar, mas algo de diferente aconteceu desta vez.
Normalmente nós vamos lá espreitar e consoante o estado do mar escolhemos a zona ou o pesqueiro que queremos de ir ver, contudo, desta vez vimos logo umas pedras que pareciam ter condições para a pesca.
Claro, que ao deparámo-nos com um mar com bom aspeto para a pesca, o sangue começa logo a ferver, queremos começar a pescar o quanto antes...

Rapidamente colocamos tudo dentro das alcofas, colocamos as alcofas às costas e começamos a perigosa descida, sempre com toda a cautela, pois neste tipo de descidas não podem haver distrações, o que não é fácil, pois queremos estar a olhar para o mar e a estudar em que pedra devemos pescar, mas temos de ser fortes e continuar a descer devagarinho e com muito cuidado.

Pedra escolhida, chegamos ao pesqueiro e começamos a montar o material.
Eu levei as minhas duas Barros Versátil pro, uma de 5mt e uma de 6mt e o Hugo trouxe a sua Barros versátil pro de 6mt e uma cana nova que tinha acabado de comprar, a Barros Titanus f1 6mt.
Os carretos foram os Daiwa Balistic 6000 LT e o Daiwa BG RR 5000.

Com um olho no mar, fomos montando as canas e fazendo as nossas montagens.
Nas nossas cabeças já estavam a ser elaboradas várias estratégias e planos.

Eu montei a minha Versátil de 6mt com uma boia de 25gr um estralho de 4.5mt de linha Julia Rod Remake 0.20mm e encostei-a a uma pedra.
Fui preparar as Sardinhas para iscar, fui buscar um balde de agua ao mar e comecei a fazer o engodo.
O Hugo deu uma ajuda a moer a sardinha e arrancou logo para a pesca, ainda eu estava a acabar de moer o engodo já ele tinha estreado a cana nova com um bom Sargo no primeiro lançamento.

O que eu pensei logo   "epá os gajos estão ai, isto hoje vai se uma alcofada"  claro que isso foi só um pensamento muito ligeiro, já pesco há tempo suficiente para saber que isso não quer dizer absolutamente nada.
A verdade é que eu comecei a pescar e não sentia peixe nenhum, estava muito difícil de tirar o primeiro Sargo, mas ao fim de um bom bocado lá desencantei um Sargo negro, daqueles residentes.
O Hugo estava bruto, acaba de tirar o terceiro Sargo e pergunta se quero experimentar a cana nova, eu pego na cana, faço um lançamento para o mesmo lugar onde estava a pescar, espero uns instantes e ferro um grande Sargalhão, que deu uma luta maravilhosa.
Sinceramente temi partir a cana nova do Hugo a elevar aquele Sargo, mas felizmente a cana aguentou-se perfeitamente.


Depois desse Sargo ainda fomos tirando mais alguns peixinhos, no entanto eu não estava satisfeito, com aquele mar, devia-mos estar a tirar mais peixes e maiores.
Decidimos ir procurar outro pesqueiro, arrumamos as coisas de maneira a conseguir andar de pedra em pedra e lá fomos.
Eu acabei por escolher um pesqueiro mais a sul, o Hugo enganou-se no caminho e acabou por ter de ir dar uma grande volta (mas também é bem feito que ele nesse dia estava muito bruto com os Sargos).

Claro que estou a brincar, adoro ver a evolução do Hugo como pescador, quando ele aderiu ao meu curso Segredos de Pesca praticamente nunca tinha pescado no mar, começou praticamente do zero, mas como é muito inteligente e estudou muito bem o curso e sempre colocou muitas perguntas, acabou por evoluir mais num ano do que eu em vinte anos de pesca. 
Acabou por se tornar um bom companheiro e um excelente amigo.

Novo pesqueiro

Devido à volta que o Hugo deu a mais, acabou por chegar todo rebentado ao pesqueiro, ainda lhe disse para ficar a descansar na pedra enquanto eu pescava, mas é claro que ele não ficou lá nem um minuto, os Sargos estavam à espera!

Desta vez eu fui o primeiro a lançar, rapidamente percebi que os Sargos não estavam no pesqueiro, mas assim que coloquei uns salpicos de engodo na água, eles entraram que nem loucos.
Passamos ali umas belas duas horas a lutar com bons peixes, como qualquer pescador gosta, sempre muito bem dispostos e a brincar como dois putos.
Acabamos por ficar com as duas alcofas bem compostas.

Mas o mais importante foi realmente o dia espetacular que passamos a fazer o que mais gostamos.
Terminamos a pescaria com o sol já a pôr-se, o que proporcionou umas imagens muito bonitas como podes ver.

 
Espero que tenhas gostado deste relato e até à próxima aventura.

Abraço MM