Os sargos estavam frenéticos, mas o mar correu comigo.

Jun 12, 2024



Olá, pescador!

Hoje quero relatar uma pescaria que fiz muito recentemente.

Ainda era muito cedo para a maré, contudo, como sempre, saí de casa por volta das nove da manhã.

Este é o meu desafio: sair de casa por volta das nove, chegar ao mar por volta das dez ou dez e meia, procurar um pesqueiro, o que tanto pode demorar 5 minutos como pode levar uma hora ou duas, descer para o pesqueiro e tentar pescar uns peixinhos para a sopa.

Acabo por pescar nas piores horas do dia, tipo entre as 11h e as 16h ou 17h.

Mas eu gosto deste desafio, não me interessa trazer muito peixe, mas sim fazer uns vídeos interessantes, divertir-me e, se pescar uns peixinhos, tanto melhor. 😉

Fui espreitar o mar ao Magoito.
Ao chegar lá, deparei-me com um aparato de ambulâncias e repórteres de TV.
Não sabia o que se passava, até que um senhor veio ter comigo e chamou-me pelo meu nome.

Era o Sr. Enrique, um pescador muito simpático que também estava a chegar, mas já sabia o que se tinha passado ali.

Um homem conhecido do Enrique andava ao marisco e acabou por desaparecer no mar.

Andavam à procura do corpo do senhor, que acabou por ser encontrado junto à praia da Adraga. Fatalidades que, infelizmente, acontecem a quem anda no mar.

O Sr. Enrique tinha estado a ver o mar e estava com a ideia de ir pescar para a mesma zona que eu estava a "namorar", contudo, eu queria pescar uns 100 metros mais a norte do local que o Enrique tinha em mente.

Pegamos nas alcofas e fomos andando tranquilamente.
Pelo caminho, o Enrique disse-me que era meu aluno, que já tinha comprado o curso Segredos de Pesca e que o tinha ajudado mesmo muito.

Mesmo sendo ele um homem com dezenas de anos de experiência, aprendeu muito com o curso e agora pescava muito mais e melhor.

Fiquei feliz por ir pescar com um aluno.
Já tinha percebido que o Sr. Enrique era um homem muito humilde e simpático.

Ao chegarmos lá abaixo, sentamo-nos nas pedras a "almoçar" e a pôr a conversa em dia, pois ainda era muito cedo para começar a pescar.

Depois de uma boa conversa, comecei calmamente a montar a minha cana e disse ao Enrique que queria ir pescar para umas rochas mais a norte e que tinha todo o gosto que ele fosse comigo, mas que tinha de filmar tudo.

Ele deixou-me à vontade e disse: "Vai, vai, não te prendas."

Peguei na minha tralha e disse: "Ainda é cedo para eu começar a engodar, mas daqui a pouco, quando começar a pôr o plano em prática, os peixes devem de entrar, e terei todo o gosto que venha para lá, para ao pé de mim, pescar uns sargos.

Afinal, eu só quero divertir-me e fazer uns vídeos interessantes, com a presença de um aluno do curso. Sempre vamos conversando e o vídeo fica mais dinâmico."

O Enrique ficou e eu fui andando.

Ao chegar ao pesqueiro, atirei um "salpico" de engodo para as pedras e comecei a pescar.
Mesmo ainda sendo cedo para pescar, o primeiro sargo apareceu logo para animar as coisas.

Segundo lançamento e mais um sargo um pouco maior.

Terceiro lançamento e mais um sargo.

Entretanto, eu assobiava e fazia sinal para o Enrique vir pescar para ao pé de mim, pois a maré estava a subir e os sargos a pegarem cada vez melhor e mais facilmente.


Eram sargos de um lote já bem bom, a rondar as oitocentas gramas a um quilo de peso. Neste tipo de pesqueiros, com muitos obstáculos à frente, dão lutas espetaculares.

Em quinze minutos de pesca, já tinha pescado quatro sargos bem bons.

Continuava a fazer sinal para o Enrique vir para ao pé de mim.
Não sei se foi por vergonha das câmaras ou para não incomodar, mas ele nunca chegou a vir.

Tive pena, pois tinha mais gosto em o ver a tirar aqueles peixes do que ser eu a pescá-los.

Bem, a pesca continuou a bom ritmo.

Os sargos estavam a colaborar e o meu plano estava a dar certo.

Contudo, o mar começava a ameaçar uns belos banhos (nada de perigoso, mas molhava).

Ouço um assobio e vejo o Enrique ao longe a acenar com a mão, dizendo que ia embora.
Fiquei um pouco triste, pois gostaria de pescar com ele, mas tudo bem, continuei a minha pescaria.

Segundo as previsões meteorológicas, o mar ia cair durante o dia (ficar mais manso), contudo, com o subir da maré, as ondas começavam a chapar nas rochas e a dar grandes banhos.
O mar estava a crescer.

Acabei por ter de sair daquele pesqueiro e ir em busca de uma pedra mais segura e com condições para pescar, pois não estava ali nem há uma hora, ainda tinha muito engodo, isco e vontade de pescar.
No entanto, depois de andar de pedra em pedra em busca de melhores condições por algum tempo, acabei por ir parar à pedra onde o Enrique tinha estado a pescar.

Ao chegar a este novo pesqueiro, o vento foi ficando mais forte e eu já estava a ficar com frio.
Logo no segundo ou terceiro lançamento, ferro mais um belo sargo, que deu uma luta bem interessante, pois aquele pesqueiro ainda tinha mais obstáculos pela frente, mas acabou por sair mais um belo sargo.

O frio estava a começar a incomodar e decidi pescar só mais um pouco para acabar com o engodo.
Não demorou nem 5 minutos até que uma onda mais forte chapou numa pedra em frente ao pesqueiro e me deu um banho completo de cima a baixo.

Ficou a pesca feita. 😁

Arrumei tudo e fiz-me ao caminho.

Ao virar numa beirada, reparei num pescador mais à frente. Era o Enrique. Afinal, não tinha ido embora, só tinha mudado de pesqueiro (provavelmente para evitar o banho que foi para mim). 😂

Fui ter com ele, ficamos a conversar mais um pouco e fomos os dois andando por ali acima.

Para mim, foi um dia muito bem passado.
Adorei conhecer mais um aluno do curso Segredos de pesca, neste caso um homem extraordinário, que, mesmo tendo mais vinte anos que eu, mostrou muita humildade e vontade de aprender.

Tive uma pesca rápida, mas cheia de desafios e ainda trouxe uns peixinhos para a sopa.

O que um homem pode querer mais?

Ainda consegui documentar tudo em vídeo para que também tu possas desfrutar um pouco desse dia.
Espero que gostes.

Abraço, MM







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