Espedição à Galiza 2024
Feb 04, 2025Olá, companheiro!
Hoje trago-te uma grande aventura na Galiza.
Esta expedição já estava programada há mais de um ano, mas conseguir conciliar a vida profissional dos três de maneira a que fosse possível estarmos fora três dias foi muito difícil.
No entanto, com muita força de vontade e paciência, lá conseguimos uma data e marcámos a nossa viagem.
À medida que o dia se aproximava, a nossa ansiedade e expectativa aumentavam.
Contudo, as previsões meteorológicas estavam a mudar muito, principalmente o estado do mar.
Um dia antes de partirmos, já com a casa alugada e tudo organizado, as previsões indicavam um mar extremamente pequeno, com ondas de apenas 70 cm e um período de 8 segundos — ou seja, mar completamente parado (o que é muito mau para a pesca aos sargos). 😣
Tínhamos de decidir se íamos ou se cancelávamos a viagem.
Tendo em conta a extrema dificuldade em conciliar as nossas vidas profissionais, a dificuldade em encontrar três dias sem muito vento ou chuva e o facto de já termos pago o aluguer da casa, decidimos ir, mesmo sabendo que fazer uma boa pesca seria praticamente impossível.
Mas neste tipo de expedição, o mais importante é sempre a experiência e o convívio com os amigos.
Já fui várias vezes pescar à Galiza.
Normalmente, saímos de Portugal ao fim do dia, fazemos a noite toda a conduzir e, ao chegar lá, vamos diretos para a pesca.
Contudo, desta vez foi diferente. Saímos depois do almoço, fizemos a viagem durante a tarde e, ao chegar à Galiza, fomos jantar e descansar.
No dia seguinte, acordámos fresquinhos e prontos para passar o dia à pesca. 😀
Ao chegar ao local escolhido, as primeiras pessoas que encontrámos eram portugueses e, pelo menos um deles, o Paulo Jacob, era meu aluno no curso Segredos de Pesca. Foi muito bom conhecer pessoalmente o Paulo, uma pessoa extraordinária.
Como o grupo do Paulo ia explorar aquela zona, decidimos voltar para a Sargonete e procurar outros locais.
Assim foi.
Fomos parar junto a um farol onde o mar até mexia mais do que o previsto.
As expectativas começaram a aumentar.
Ao chegar ao pesqueiro, cheio de ganância, faço o primeiro lançamento, espero alguns segundos e logo ferro um bom peixe.
Ele começou imediatamente a levar linha do carreto.
Assobiei ao Rui, com a cana toda vergada, e senti a linha a partir.
Acabei por perder o peixe, mas fiquei entusiasmado por sentir logo um peixe bom no primeiro lançamento.
Coloquei um anzol novo, isquei, lancei e pimba, um bom sargo!
Parecia que as coisas estavam-se a compor.
Faço mais um lançamento e ferro mais um peixe grande. Começo a trabalhá-lo e, quando o consigo ver, percebo que era um grande bodião.
Foi o princípio do fim. 😁
O tempo foi passando e estávamos constantemente a tirar bodións. Nós queríamos sargos, mas só apanhávamos bodiões.
A meio da manhã, decidimos mudar de zona na esperança de fugir aos bodiões., pois ainda tínhamos muitas horas de pesca pela frente.
Ao chegar à nova zona, começámos a caminhar em busca de pesqueiros.
Desta vez, ficámos todos separados, cada um no seu pesqueiro.
Eu fiquei numa zona muito rasa, com muito pouca água.
No entanto, por incrível que pareça, foi aí o meu ponto alto do dia.
Ferrei um peixe muito grande, que quase imediatamente roçou a linha numa pedra e partiu.😮
O que era natural, pois o pesqueiro era tão raso que bastava o peixe fugir em qualquer direção para a linha roçar nas rochas.
Incrédulo, voltei a fazer a montagem, desta vez com a linha um pouco mais grossa.
Lancei a isca ali muito perto, onde tinha ferrado o peixe anterior, e logo ferrei outro peixe que parecia estar preso no fundo.
Não o conseguia mexer, até que ele começou a levar linha e a sair em frente.
Eu não podia fazer grande coisa além de o segurar com a cana ao alto enquanto ele levava linha.
Acabou por parar de ir em frente, correu tudo para a direita e depois voltou e correu tudo para a esquerda.
Já tinha o peixe sobre tensão há algum tempo, era tempo de começar a entregar-se um pouco e vir à tona.
Mas não.
Nunca o cheguei a ver.
Quando ele foi para a esquerda, corri pelas pedras para o acompanhar e, quando tentei fazer um pouco mais de força com a cana, desta vez para cima, já a tentar trazê-lo ao de cima da água, a linha partiu.
Acabei por não ver o peixe e nunca vou saber que peixe era aquele.
Com tudo isso, a maré já estava muito baixa e a pouca água que havia no pesqueiro começou a desaparecer.
Optei por dar o dia por terminado, com aquela sensação de frustração por não ter conseguido sequer ver que peixe era.
Voltámos a reunir-nos para lamber as feridas — no meu caso, para substituir a ponteira da minha cana Barros Versátil Pro, que se partiu quando a deixei cair.
Assim, ao chegar à Sargonete, tratei logo de substituir a ponteira, para ficarmos prontos para o dia seguinte.
Voltámos para casa com a alma cheia e com vontade de voltar no dia seguinte para mais aventuras.
Não percas o segundo dia aqui no nosso blogue, muito brevemente!
Abraço,
MM
Companheiro se gostas realmente de pesca e queres tornar-te um pescador que faz boas pescarias regularmente, isto é para ti!
Criei um curso com 60 vídeo-aulas, mais de 23h de puro conteúdo que já ajudou milhares de pescadores.
Ebook Grátis
Os 6 erros que te impedem de apanhar peixe.
Este livro digital é um despertar.
Descobre aqui os erros que estão a impedir-te de apanhar peixe!
Não te preocupes, não vou passar o teu e-mail a terceiros ; )